Prefeito tucano cogita acionar a Justiça para questionar a reunião que
formalizou a escolha do governador do RS para o cargo.
O governador do Rio Grande do
Sul, Eduardo
Leite, enfrenta a primeira crise interna no PSDB desde
que assumiu a presidência nacional do partido, em janeiro. A desavença pode
acabar na Justiça.Tucanos paulistas ligados aos ex-governadores João Doria e
Rodrigo Garcia, que ainda controlam o diretório estadual da sigla, estão
descontentes com as mudanças promovidas por Leite e acreditam que ele está tentando
impor aliados nos diretórios estaduais. Para que Leite assumisse o comando do
PSDB, foi feita uma manobra política, já que o mandato da executiva tucana
terminaria em maio. O governador gaúcho assumiu primeiro o cargo de
vice-presidente e, em seguida, a maioria da executiva renunciou aos cargos e
elegeu Leite, que então indicou um novo grupo para formar a cúpula, no qual os
paulistas ligados aos ex-governadores são minoria.O prefeito de São Bernardo do
Campo, Orlando Morando, ex-integrante da executiva, está pedindo desde janeiro
o registro da ata da reunião. "O partido vive uma ilegalidade, uma
imoralidade. O Eduardo Leite comanda o PSDB com uma comissão golpista",
disse. O partido informou que a ata foi entregue a um cartório na última
segunda-feira (3). Morando cogita acionar a Justiça comum para questionar a
reunião que formalizou a escolha de Leite. Outros tucanos paulistas ouvidos
pela reportagem também sugerem que há um movimento para substituir o comando do
PSDB estadual.O governador Eduardo Leite minimizou a crise interna e afirma que
todos os governadores, parlamentares e lideranças do PSDB foram ouvidos para a
formação da nova executiva. Ele sinalizou que as convenções municipais serão em
setembro, as estaduais em outubro e a convenção nacional em dezembro.O prefeito
de Santo André, Paulo Serra, que é aliado de Leite, assumiu a tesouraria
nacional do PSDB e se tornou o braço direito do governador em São Paulo e na
estrutura partidária. Ele argumenta que é normal haver disputas internas em um
partido político, mas que é importante manter a unidade.O PSDB sofreu uma
redução significativa na última eleição, elegendo apenas 18 deputados federais
— em 2018, foram 29. Isso resultou em uma diminuição do repasse do Fundo
Partidário de R$ 4,5 milhões para R$ 1,7 milhões.( Fonte R 7 Noticias Brasília)
Nenhum comentário:
Postar um comentário