Jorge Eduardo Naime Barreto estava de licença em 8 de janeiro, quando
ocorreram os ataques às sedes dos Três Poderes.
A Procuradoria-Geral da República
(PGR) enviou uma manifestação ao Supremo
Tribunal Federal (STF) em que defende a manutenção da
prisão preventiva de Jorge Eduardo Naime Barreto, ex-chefe
do Departamento de Operações da Polícia Militar do Distrito
Federal. Barreto era o responsável pelo Departamento de Operações da
corporação, mas estava de licença em 8 de janeiro, quando ocorreram os ataques.
No documento, o coordenador do grupo da PGR que analisa os atos de vandalismo,
Carlos Frederico Santos, também pediu à Polícia Federal que apresente, no prazo
de 30 dias, relatório parcial das investigações, inclusive com a análise do
material apreendido nas buscas em endereços ligados ao investigado. O policial
foi preso por ordem do relator do caso no STF, ministro Alexandre de Moraes. A
defesa apresentou pedido de revogação da prisão com o argumento de que Barreto
não era o responsável pelo planejamento ou a execução de eventual operação
destinada a resguardar as sedes dos Três Poderes da República. Para a
PGR, no entanto, as informações e elementos de provas já reunidos indicam uma
possível atuação concertada de diversos oficiais de alta patente da Polícia
Militar do Distrito Federal, incluindo o autor do pedido de liberdade. Além
disso, a PGR entendeu que há investigações importantes que necessitam de
aprofundadamento, e a liberdade, neste momento, de Jorge Eduardo Naime Barreto
pode comprometê-las, considerando o alto posto que ocupou e sua liderança na
corporação, o que justificaria a manutenção da prisão preventiva, a fim de
salvaguardar "a lisura das investigações, a colheita de provas e, por
conseguinte, a persecução penal". O depoimento do policial
na comissão parlamentar de inquérito (CPI) da Câmara Legislativa do
Distrito Federal (CLDF) que investiga os atos extremistas está marcado para 16
de março. Em depoimento à Polícia Federal em fevereiro, ele disse que o seu
papel era fornecer meios logísticos a pedido de cada comandante de batalhão e
que não tinha conhecimento das ações radicais que ocorreriam em 8 de janeiro.Em
um momento, o policial disse que acha que houve um "apagão total da
inteligência" e que a PM não deve ter recebido informações sobre a
manifestação.Ao ser questionado sobre o motivo de ter estado na Praça dos Três
Poderes no dia 8, ainda que estivesse de férias, ele disse ter tido
conhecimento da situação e ido até o local para ajudar.Ainda no depoimento,
Barreto disse que, quando chegou à Praça dos Três Poderes, não auxiliou ninguém
a fugir. Segundo ele, "jamais deu ordem para os policiais não atuarem nos
protestos, pelo contrário".( Fonte R 7 Noticias Brasilia)
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