O ex-ministro da Secretaria de Relações
Institucionais e ex-presidente do Tribunal de Contas da União, José Múcio é o
nome do presidente eleito Lula da Silva para o ministério da Defesa.
A escolha
busca “retomar a institucionalidade nas relações” com os militares, segundo
fonte próxima a ambos, e deve ser anunciada na semana que vem. "É a
solução que está a caminho", indica.Lula está em Brasília desde domingo e
busca acelerar a definição dos nomes para o ministério, além de dar a palavra
final sobre temas estratégicos levantados pela equipe de transição. José Múcio
foi o responsável pela articulação polícia de parte do segundo mandato de Lula
durante o período de novembro de 2007
a setembro de 2009. Representante do PTB no então
governo de coalizão do petista, Múcio tornou-se nome da confiança de Lula e
consolidou imagem de bom negociador e cumpridor de acordos. O ex-ministro foi
deputado federal, mora em Brasília e mantém trânsito entre diversas correntes
políticas.A passagem de José Múcio pelo Tribunal de Contas da União, de 2009 a 2021, culminou com a
presidência do tribunal e o afastamento da política partidária. A atuação
técnica à frente da corte fiscalizadora agregou respeitabilidade à carreira do
homem público, o que teria pavimentado o caminho para a função hoje escolhida
pelo presidente eleito.As primeiras sondagens junto a interlocutores militares
já começaram e foram feitas pelo próprio Lula. Para a sucessão nos comandos das
forças – Marinha, Exército e Aeronáutica – a idéia é obedecer as regras
internas de sucessão, com escolhas entre os oficiais mais velhos na patente
correspondente ao cargo, indicados pelos próprios militares. A estratégia busca
mostrar respeito pela instituição e sinalizar a não-interferência no regramento
militar. A escolha de José Múcio para a defesa "seria uma solução muito
inteligente. Ajudaria a destampar a panela de pressão", declara general
ouvido pelo blog, com trânsito livre entre militares da ativa e também da
reserva. A escolha de um civil para o comando da Defesa também não
representaria problema. "Um civil é a preferência da maioria"- diz a
fonte. "Mas as Forças Armadas estão apreensivas com o que virá",
pondera. O critério de antiguidade para a escolha dos comandantes das
forças não deve ser o único. A lei sobre o tema estabelece como pré-requesito
que o cargo seja ocupado por um oficial de quatro estrelas - isto é, que tenha
percorrido toda a cadeia hierárquica de comando. "Nas Forcas Armadas não
tem transição, como na Defesa, tem substituição, porque há projetos e missões
em andamento a serem continuados", diz o general. ( Fonte R 7
Noticias Brasília)
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