Tema foi debatido na Comissão Especial de Combate ao Câncer.
Os pacientes com câncer precisam ser vacinados,
mas sob orientação médica, respeitando a condição de cada um. O alerta foi dado
pela representante do Instituto Oncoguia, Helena Esteves, durante audiência
pública da Comissão Especial de Combate ao Câncer da Câmara dos Deputados. “O
pensamento de que o paciente com câncer é uma pessoa muito frágil, muito fraca
que não poderia se vacinar, isso não necessariamente é verdade. A gente tem
vacinas especialmente desenhadas para pessoas com câncer, vacinas que vão beneficiar
sim essa população. E exatamente por eles estarem em um momento fragilizado, é
importante a gente pensar em estratégias de imunização”, disse Helena Esteves.A
paciente Daniela Catunda, que há sete anos faz tratamento contra o câncer,
destacou a importância da imunização tanto para os pacientes quanto para os
familiares. “É muito importante a família se conscientizar de que ela precisa
estar imunizada, porque tem contato direto com esse paciente. É quem acompanha
no hospital, quem acompanha em casa, quem prepara o alimento, então essa
família precisa estar imunizada”, defendeu. O presidente da Comissão Especial
de Combate ao Câncer, deputado Weliton Prado (Pros-MG),
lembrou que a imunidade baixa dos pacientes oncológicos aumenta o risco de
óbito, por isso a importância da vacinação. “A vacinação é uma forma de
imunidade ativa. Sabemos que um dos efeitos graves e invisíveis que mais afeta
os pacientes oncológicos é a queda da imunidade. Essa condição afeta 34% dos
pacientes com câncer de mama e mais de 50% dos pacientes com linfoma. A
preocupação é que as infecções nesses pacientes causam maior possibilidade de
morte e afetam os tratamentos”, disse o deputado. Segundo a representante da
Sociedade Brasileira de Oncologia (SBOC), Maria Ignez Braghiroli, outro
problema recorrente dos pacientes com câncer em relação à imunização é a falta
de informação. Para minimizar isso, a SBOC lançou no ano passado uma cartilha
tratando do tema, que está disponível na internet. O Brasil tem atualmente
52 centros de referência de imunológicos especiais (CRIEs), onde existem
vacinas adequadas para pacientes com várias enfermidades. Mas como eles não
estão presentes em todas as cidades, os pacientes com câncer podem solicitá-las
no posto de saúde da sua cidade. Para isso, é preciso apresentar o pedido
médico e os exames laboratoriais. HPV O Plano Nacional de
Imunização conta atualmente com 22 vacinas que são disponibilizadas para a
população em 38 mil salas de vacinação. Entre essas vacinas está a de HPV, que
é responsável pela prevenção do câncer de colo de útero. Mas, segundo a
coordenadora-geral do programa, Adriana Lucena, a cobertura de todas as vacinas
está abaixo da média desejada, o que pode levar ao ressurgimento de doenças
controladas ou erradicadas, como está acontecendo atualmente com o sarampo.“Essa
vacina [do HPV] na rotina está ofertada para meninas de
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