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quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

VIDANEWS - Agência dos EUA libera envio de remédio abortivo pelo correio.

 

Medicamento usado para interromper gestações de até 10 semanas pode ser enviado após teleconsultas com médicos.

A FDA, agência do governo norte-americano responsável por alimentos e remédios, anunciou nesta quinta-feira (16), que pacientes poderão receber um medicamento abortivo pelo correio, em vez de exigir que elas compareçam pessoalmente para retirar as pílulas em centros de saúde certificados.A decisão envolve principalmente a mifepristona, um remédio usado para interromper gerações de até 10 semanas. Com isso, as pacientes não precisarão ir até uma clínica e poderão receber o remédio após passar por uma consulta de telemedicina com profissionais autorizados. A agência já havia reduzido as restrições de comparecimento pessoal para o remédio, mas a partir de agora essa decisão terá caráter permanente. A medida certamente levará a novas batalhas jurídicas em estados mais conservadores.Em 19 deles, localizados no Sul e Meio-Oeste dos EUA, as consultas remotas para fins de aborto já são proibidas e possivelmente eles farão leis para limitar o acesso liberado pela FDA.Segundo um levantamento citado pelo New York Times, seis estados proibiram o envio de pílulas pelo correio, outros sete aprovaram leis que exigem que os remédios sejam entregues pessoalmente e outros quatro determinaram que abortos com usos de remédios só podem acontecer em prazos inferiores ao de 10 semanas.Atualmente, o que as mulheres que moram nos estados com governos anti-aborto têm feito para driblar a legislação é viajar até estados que liberam o procedimento. Mesmo que não vão a uma clínica, elas podem fazer a teleconsulta até mesmo dentro do carro e depois receber as pílulas em qualquer endereço dentro do estado.NúmerosSegundo dados dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDCs), 42% de todos os abortos realizados nos EUA em 2019 — e 54% dos feitos antes de 10 semanas de gestação — foram à base de medicamentos. O órgão ainda não tem fechadas as estatísticas de 2020. Os números também mostram que 79% de todas as interrupções de gravidez foram antes de 10 semanas.Um projeto piloto liberado pela FDA com teleconsultas e envio das pílulas por correspondência registrou que, de 1.157 abortos realizados por meio do programa entre maio de 2016 e setembro de 2020, 95% aconteceram sem a necessidade de nenhum atendimento médico posterior. Apenas 70 atendimentos médicos e 10 casos com complicações mais graves foram registrados, segundo o relatório final.( Fonte R 7 Noticias Internacional)

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