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segunda-feira, 16 de março de 2020

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Bullying: nessa “brincadeira” todos saem perdendo

Agressões físicas e psicológicas no ambiente escolar trazem cicatrizes eternas para vítimas, agressores e suas famílias. O mundo todo se comoveu ao ver o vídeo do australiano Quaden Bayles, 9 anos, chorando e pedindo para a mãe uma corda – com a intenção de tirar a própria vida – por não aguentar mais o bullying que sofria na escola. O desespero da criança foi tanto que pessoas de diversos países se mobilizaram para levar mensagens de apoio ao garoto por meio das hashtag #WeStandWithQuaden (Nós Estamos Com Quaden) e #StopBullying (Chega de Bullying).O caso levantou a discussão acerca do assunto, mas precisamos ter em mente que o tema precisa ser tratado muito além dos muros das escolas. O bullying é um problema mundial no qual crianças e adolescentes sofrem agressões físicas ou psicológicas de seus colegas. Por conta disso, infelizmente, o lugar que era para ser um espaço de aprendizagem e convívio harmônico, acaba se tornando um ambiente hostil e traumático para muitos.E os números comprovam essa realidade. De acordo com o Governo Federal, aproximadamente um em cada dez estudantes é vítima frequente de bullying nas escolas. E a estatística vai mais além. A pesquisa do Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Pisa), apontou ainda que 17,5% dos entrevistados sofrem algum tipo de violência na escola “mais de uma vez por mês”; 7,8% afirmam que são excluídos pelos colegas; 9,3% são alvos de piadas; 4,1% são ameaçados; 3,2% são empurrados e agredidos fisicamente. Outros 5,3% afirmam que é comum seus colegas pegarem e destruim seus pertences, e 7,9% são alvos de boatos maldosos. Há quem diga que são apenas “brincadeiras”, mas essas situações podem levar a consequências mais graves. Em 2017, por exemplo, a adolescente Marta Avelhaneda Gonçalves, 14 anos, morreu após ser estrangulada por uma colega dentro da escola que estudavam no Rio Grande do Sul. Segundo testemunhas, a causa da briga foi a troca de ofensas entre as duas.( Fonte Jornal Contexto)

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