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quinta-feira, 26 de setembro de 2019

NOTICIAS GERAL-SANEAMENTOS RONDÔNIA

Quase nenhum cidadão de Rondônia tem acesso à coleta de esgoto

Cheias dos rios agravam problemas com saneamento em RondôniaServiço é acessível apenas a 4,5% da população deste importante Estado, onde ocorreu o Ciclo da Borracha, refletindo os problemas do Brasil no setor Quando alguém pergunta a um morador do interior de Rondônia sobre as condições de saneamento na sua cidade, pode se deparar com uma sensação de estranheza no ar.  Proibidos, lixões ainda são utilizados para descarte de resíduos no Brasil.Alguns moradores até desconfiam da pergunta, deixando transparecer que a indignação deu lugar a um certo conformismo imposto pela falta de políticas claras, que faz o Estado ter o pior saneamento, de um país já com grandes problemas no setor.Em Rondônia, apenas 4,5% da população tem coleta de esgoto, segundo dados do SNIS (Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento) de 2017. "Na verdade, não existe coleta aqui, nenhum tipo", diz uma moradora de Nova Mamoré, que até prefere não ter seu nome divulgado. Dizendo-se ocupada com seus afazeres, ela não resiste e arrisca dar outra descrição. "O esgoto vai para as fossas em todas as casas, mas eu moro aqui há pouco tempo, não posso falar muito", desconversa.E de onde a senhora veio? O repórter insiste. "De Guajará-Mirim, também em Rondônia." E lá, como era? "Na verdade, a mesma coisa, também não tinha nada. Até é difícil água para beber, tem poço nas casas, mas é precário. Agora tenho que desligar, não tenho mais nada para dizer", completa, como se ela não estivesse falando sobre um direito inerente a um cidadão. Como se ela fosse devedora de algo.Qualidade de vida-Assim como Nova Mamoré, a cidade de Guajará-Mirim é um retrato, com contornos ainda mais intensos, do Estado de Rondônia no quesito saneamento básico. Isso quem fala é um morador esclarecido da cidade, o franqueado de uma loja de colchões, Romeu Prado Afonso de Miranda, de 38 anos. Quase 35 milhões de brasileiros não têm acesso a água tratada "Na nossa região o índice é ainda mais alarmante, não passa de 2%. Nossa população, em geral, nunca saiu da região. Quando muito vai para um sítio próximo ou para a cidade de Nova Mamoré, a 40 e poucos km. As pessoas têm muito potencial, mas não conhecem o que é qualidade de vida, se acostumaram com fossas, muito por falta de conhecimento. Reclamam mais quando acontece alguma calamidade, enchente, alagamento, mas nem sabem por que isso ocorreu. Na verdade, essas situações também têm a ver com falta de saneamento", diz. (Fonte R7 Eugenio Goussinsky, do R7)

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