Corregedor-geral pediu autorização a Alexandre de Moraes para ouvir
ex-ministro da Justiça, que está preso desde janeiro.
O corregedor-geral da Justiça
Eleitoral, ministro Benedito Gonçalves, pediu ao ministro Alexandre de Moraes
autorização para colher depoimento do ex-ministro da Justiça e Segurança
Pública Anderson Torres. O objetivo seria esclarecer a minuta de um decreto de golpe
de Estado encontrada na casa de Torres e a participação
dele em uma live feita pelo ex-presidente Jair Bolsonaro com ataques às urnas
eletrônicas. O ministro marcou a oitiva para a próxima quinta-feira (16), às
10h. Torres está preso desde
14 de janeiro após os atos extremistas de 8 de janeiro. A
decisão do ministro foi tomada no âmbito da ação que investiga reunião de
Bolsonaro com embaixadores. Na ocasião da live, o então ministro da Justiça e
Segurança Pública e o assessor da Presidência da República Eduardo Gomes da
Silva estavam presentes e participaram com falas. O ministro também determinou
que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, preste informações consolidadas sobre
a participação de órgãos do governo federal na preparação, realização e difusão
do encontro realizado no Palácio do Planalto, em julho de 2022. Minuta O documento de minuta foi
encontrado em janeiro deste ano pela Polícia Federal na casa de Anderson
Torres. Segundo a minuta, seria decretado Estado de defesa no TSE. O objetivo
do ato era anular o resultado da eleição presidencial de 2022 sob a suposta
alegação de que teria ocorrido fraude na votação. Após a existência do
documento vir à tona, o TSE decidiu incluir a minuta em uma ação contra
Bolsonaro que é analisada desde o ano passado. O processo em andamento na Corte
apura a conduta do ex-presidente durante reunião com embaixadores no Palácio do
Planalto, em julho do ano passado, quando ele levantou suspeitas sobre o
sistema eleitoral. Nessa ação, a Corte já tomou o depoimento dos ministros Ciro
Nogueira (Casa Civil) e Carlos França (Itamaraty). Sobre esses depoimentos, o
ministro afirmou, na decisão de hoje, que as autoridades ouvidas disseram que
“não tiveram envolvimento significativo no evento e desconheciam o que seria
tratado”."Nesse cenário, documentos acaso existentes nos órgãos acima
referidos podem vir a elucidar se contribuíram, ou não, para preparar ou
repercutir evento, e, em caso positivo, de que forma atuaram", disse o
corregedor. ( Fonte R 7 Noticias Brasilia)
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