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quinta-feira, 5 de janeiro de 2023

VIDANEWS - Veja tudo o que se sabe e o que ainda falta apurar sobre o caso da mulher atingida por rojão no litoral.

 

Elisangela Tinem sofreu lesões externas e internas; a polícia ainda busca o responsável por ter soltado o explosivo na Praia Grande.

Durante a virada do ano, Elisangela Tinem foi atingida por um rojão que ficou preso em sua roupa e explodiu. A mulher, de 38 anos, morreu na Praia Grande, no litoral sul de São Paulo, e deixou dois filhos: João Victor, de 18 anos, e Vinicius, de 13. Apesar de a tragédia ter tido uma ampla repercussão e ligado o alerta para o risco de fogos nesse período, alguns pontos ainda precisam ser apurados. O principal deles é a autoria do lançamento do artefato explosivo. A auxiliar administrativa decidiu ir à praia de última hora para comemorar o Réveillon com a família. A mãe e as irmãs chegaram cerca de uma semana antes dela. A volta, que estava programada para a quarta-feira (4), não aconteceu. Momento do acidente A irmã mais nova de Elisangela, Tamiris Tinem, contou que, na madrugada do dia 1º de janeiro, a família toda estava reunida na areia da praia para a assistir à queima de fogos oficial, realizada pela Prefeitura de Praia Grande, que começou à meia-noite. A jovem disse que todos os familiares estavam um ao lado do outro e registravam os fogos, quando, de repente, perceberam um clarão muito forte na direção do grupo. Eles se afastaram um pouco, mas o rojão caiu próximo a Elisangela e se prendeu na roupa dela. A vítima começou a bater a mão em cima do artefato para apagar as faíscas, mas, de acordo com a irmã, quando perceberam o que estava acontecendo e um primo se aproximou para ajudá-la, o rojão explodiu e jogou todos longe. "Foi um clarão enorme e um barulho extremamente alto, e, quando a fumaça abaixou, vimos minha irmã caindo no chão de braços abertos, já sem vida. Tudo isso foi em questão de segundos, não conseguimos nem tivemos tempo de fazer nada. Nem ela mesma teve a chance de se salvar", disse a irmã. Lesões Por causa da explosão, Elisangela sofreu lesões internas e externas. Segundo a equipe da Polícia Civil do município que atua no caso, um braço, o peito, o baço e uma lateral do abdômen da mulher foram danificados.  Ao atingir órgãos internos, a explosão provocou hemorragia. Nos externos, uma parte de um braço, perto do ombro, ficou com a estrutura óssea à mostra. O laudo necroscópico deve ser concluído nos próximos 15 dias, de acordo com a Polícia Civil. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado e constatou a morte de Elisangela ainda no local. Após o ocorrido, os agentes permaneceram na região até a chegada da perícia. Em nota, a prefeitura ressaltou que, "de acordo com lei municipal n° 744, de outubro de 1991, são proibidas a venda e a comercialização de fogos de artifício". Quem soltou o rojão? A polícia procura pelo responsável por ter soltado o rojão, que se prendeu na roupa de Elisangela, explodiu e a matou durante o Réveillon. Em nota ao R7, a SSP (Secretaria Pública do Estado de São Paulo) informou que o caso foi registrado como homicídio e lesão corporal culposa na CPJ (Central de Polícia Judiciária). "A autoridade policial trabalha para identificar o autor e esclarecer os fatos", escreveu.A intencionalidade do autor Em casos de incidentes com explosivos, além da autoria do fato, a polícia deve apurar a intencionalidade da ação. Isso significa investigar quais as intenções por trás do ato. Somente a investigação, de acordo com o doutor em direito e presidente do Condepe (Conselho Estadual de Direitos Humanos), Dimitri Sales, vai poder dizer se foi homicídio culposo, quando cometido sem intecionalidade, ou doloso, quando tem o propósito de matar.Além disso, o especialista explica que é preciso diferenciar o dolo do dolo eventual, que se configura quando a pessoa não tem a intenção de cometer um crime, mas assume os riscos da ação. "A intencionalidade vai observar, por exemplo, se o rojão foi lançado num período festivo, se teve o objetivo de comemorar ou não. É diferente de um caso que a pessoa mirou em outra, ou seja, quando há uma intencionalidade", diz.Em um vídeo enviado à reportagem, é possível ver o momento em que diversas pessoas admiram os fogos na praia, até que ocorre uma explosão no corpo da mulher e todos começam a correr, com medo. Por meio da reconstituição desse momento, a polícia pretende chegar ao autor do disparo.( Fonte R 7 Noticias Brasil)

 

 

 

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