Kamal Harris visitou a região como
parte de uma ação dos EUA para combater o aumento da influência política e
econômica de Beijing.
A
corrida por influência no Sudeste Asiático, em meio à disputa territorial entre
nações da região, levou a mais uma troca de farpas entre Estados Unidos e China. Kamala Harris,
vice-presidente norte-americana, afirmou que a China faz “bullying” com seus
vizinhos continentais, e Beijing respondeu no mesmo tom, acusando Washington de
comprometer a paz na região. As informações são da agência Reuters.
Harris esteve durante a semana no Sudeste Asiático, onde visitou Vietnã e
Singapura. A viagem faz parte de uma ação dos EUA para combater o aumento da
influência política e econômica de Beijing na região. A visita também serviu
para Washington manifestar apoio às nações locais em uma série de disputas
territoriais. China, Vietnã, Brunei, Malásia, Filipinas e
Taiwan reivindicam partes das disputadas águas do Mar da China
Meridional, que é atravessado por rotas marítimas vitais e contém
campos de gás e ricos pesqueiros. “Precisamos encontrar maneiras de pressionar,
aumentar a pressão, para que Beijing cumpra a Convenção das Nações Unidas sobre
o Direito do Mar, bem como desafiar o bullying e as reivindicações marítimas
excessivas”, disse Harris em encontro com o presidente vietnamita Nguyen Xuan
Phuc, em Hanói. Na visita ao Vietnã, Harris prometeu ao país lotes de vacinas
contra a Covid-19, projetou a criação de uma série de programas de combate às
mudanças climáticas e disse que as visitas de navios da Marinha norte-americana
serão mais frequentes, a fim de ajudar o Vietnã a patrulhar suas
águas. A China respondeu através de um editorial no jornal estatal
China Daily. E não mediu palavras. “Enquanto apontava o dedo para a China e a
acusava de ‘coerção’ e ‘intimidação’, Harris deliberadamente ignorou sua
própria hipocrisia ao tentar coagir e intimidar os países regionais a
se juntarem a Washington em seu esquema para conter a China”, diz o texto. O
Vietnã, apesar de proximidade com os EUA, depende fortemente da China, seu
maior parceiro comercial. Os dois partidos governistas, o Partido Comunista
Chinês e sua contraparte vietnamita, são bastante próximos. O que distancia os
dois, atualmente, é a disputa territorial no Mar da China Meridional. Beijing
tem postos avançados militares em ilhas artificiais da região e contesta a
presença de embarcações militares estrangeiras. Os EUA, por sua vez, realizam
operações frequentes por ali, sob o argumento da “liberdade de navegação”. E já
deixaram claro que preferem ver uma solução para a questão que seja
desfavorável aos chineses. Por que isso importa? A
China tem avançado sobre a jurisdição territorial de países vizinhos construindo
ilhas artificiais e plataformas de vigilância, além de
incentivar a saída de navios
pesqueiros para além de seu território marítimo. O objetivo
dessa política é aumentar de forma gradativa a soberania no Mar da China
Meridional. Autoridades das Filipinas e do Vietnã já manifestaram insatisfação
com a política da China de
manter embarcações em dois recifes localizados nas águas territoriais dos dois
países Assim como essas duas nações, Brunei, Malásia e Taiwan
também têm reivindicações territoriais concorrentes no Mar da China Meridional.
As rotas mantêm um fluxo de comércio anual de US$ 3,4 trilhões.( Fonte A
Referencia Noticias Internacional)
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