As autoridades declararam culpado um menino de 12 anos por apologia ao terrorismo, no leste da França, em 21 de agosto. A criança consumiu e distribuiu centenas de vídeos jihadistas e admitiu, perante o juiz de menores, seu interesse pelo Islã radical. A pena será determinada em março de 2025, mas devido à idade, ele não poderá ser preso.
Distribuição de conteúdo extremista Desde
dezembro de 2023, o garoto gravou e compartilhou cerca de 1,7 mil vídeos de
propaganda jihadista em sistemas de mensagens criptografadas, como Discord e
Telegram. Além disso, Paul-Edouard Lallois, procurador público em Montbéliard,
explicou que a criança participou de discussões radicais, desenvolvendo, por
consequência, interesse em explosivos e armas. O magistrado, por sua vez, ressaltou
que, apesar da glorificação de atos terroristas, as vulnerabilidades
psicológicas do garoto contribuíram significativamente para sua radicalização. Leia também: Com histórico de agressões e ameaças, homem suspeito de atropelar
mulher três vezes é preso Medidas educacionais em vigor Atualmente,
o menino está internado em um centro socioeducativo, onde recebe acompanhamento
constante. De acordo com o magistrado, a medida de tutela tem sido eficaz, com
a criança, inclusive, mostrando evolução favorável em um ambiente comunitário.
Mesmo assim, sua condenação será registrada na ficha criminal e, portanto,
permanecerá após a maioridade. Histórico e condições psicológicas
O menino, que vive com a mãe e os irmãos, é descrito como discreto e retraído.
O relatório forense apontou que ele tinha uma “consciência bastante clara” da
natureza dos atos, apesar das dificuldades de desenvolvimento e adaptação
escolar. No entanto, a defesa buscou a absolvição, alegando falta de
discernimento, mas o juiz, baseando-se na avaliação psicológica, manteve a
condenação. Implicações legais e futuras Na França, a
privação de liberdade pode ser aplicada a partir dos 13 anos, e adolescentes
podem, em alguns casos, ser julgados como adultos em situações graves. Diante
disso, o caso desse menino levanta debates sobre como o sistema judiciário deve
lidar com menores em situações de radicalização, destacando, assim, a
complexidade dessas questões. (Fonte Jornal Contexto Notícias)
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