Diplomação virtual divide opinião de vereadores
eleitos
Cerimônia será realizada por meio remoto e diplomas serão
impressos pelo site do Tribunal Regional Eleitoral
O ano de 2020 termina como aquele no qual inúmeras coisas
ocorreram (ou não ocorreram) pela primeira vez na história. Foram suspensos
eventos esportivos tradicionais; na Semana Santa o Papa Francisco rezou para
uma Praça São Pedro vazia; shows artísticos foram cancelados e realizados em
‘lives’ na Internet; a Festa de Trindade ocorreu em a presença de fiéis; aulas
escolares ocorreram por meio remoto; entre várias outras atividades, atos e
projetos que deixaram de ser realizados, devido as restrições relacionadas à
Covid-19.A Resolução nº 344, de 1º de dezembro de 2020, assinada pelo
presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Goiás (T.R.E./GO), desembargador
G. Leandro S. Crispim, estabelece que a diplomação dos candidatos eleitos e
primeiros suplentes nas eleições de 2020 serão realizadas por meio virtual.
Também informa que o diploma pode ser impresso no site do Tribunal Regional
Eleitoral de Goiás pelo sistema Diploma Net ou, se necessário, ser enviado ao
eleito via e-mail ou aplicativo de mensagens instantâneas. E ainda impresso e
entregue fisicamente ao candidato.Alguns dos vereadores eleitos ou reeleitos nas eleições deste ano, consultados
pelo Contexto, demonstram opiniões divididas sobre a novidade. Domingos Paula
(PV), reeleito com 1.652 votos, analisa como “sensata” a decisão da Justiça
Eleitoral. “Nesta campanha as audiências públicas todas foram realizadas on
line, inclusive 80 por cento da eleição foi feita desta forma, mais virtual que
presencial”, lembrou. Segundo ele existem plataformas diversas, ferramentas
virtuais que são bem utilizadas. O desembargador Leandro Crispim informou ainda
em seu despacho que, na impossibilidade de realizar a diplomação por meio
virtual, em razão de eventuais problemas técnicos, é possível que a cerimônia
seja cancelada e os diplomas disponibilizados no sítio do T.R.E./GO. Domingos
Paula entende que a decisão da Justiça Eleitoral tem objetivo de evitar
aglomerações, já que familiares e amigos dos eleitos prestigiariam a
solenidade. “Sugeri ao presidente da Câmara, Leandro Ribeiro, que reúna os 23
vereadores no plenário, para que dali participem da diplomação via remota. O
local oferece segurança, todos usam máscara”, disse. O despacho do
desembargador presidente do T.R.E./GO diz ainda que o Edital com a data e hora
da sessão pública de expedição dos diplomas será publicado pelo Juiz Eleitoral
“no prazo de três dias de antecedência”. Em Goiânia já está definido que a
diplomação será no dia 18 de dezembro, às 10 horas, transmitida pelo canal do
T.R.E./GO no Youtube. Esta semana, em contato via aplicativo de mensagem, a
vereadora eleita Andreia Rezende de Faria (SD), que obteve 2.841 votos,
manifestou descontentamento com a possibilidade da cerimônia de diplomação por
meio virtual. Sugeriu a realização do ato em espaços amplos existentes na
cidade, como o Centro de Convenções, ao considerar que, em Anápolis, estão
liberados eventos com presença de até 250 pessoas. “Acho muito triste para os
eleitos não ter um diplomação presencial”, completou.O vereador Jakson Charles
(PSB), líder do prefeito na Câmara, reeleito com 1.481 votos, também defende
que a diplomação seja presencial. Segundo ele poderia ter número limitado de
pessoas, para atender os protocolos da Covid-19, num sistema controlado. “Este
é um momento simbólico, importante. Se forem tomados todos os cuidados, não
vejo problema de realizar a diplomação de forma presencial”, ponderou.( Fonte
Jornal Contexto)
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