O desaparecimento de pessoas é considerado um problema social de natureza grave, em razão das várias consequências que ele acarreta, seja no abalo emocional das famílias, seja na estruturação econômica do núcleo que convivência da pessoa desaparecida. Ou, ainda, problemas de natureza jurídica.
O Mapa da
Segurança Pública 2024 (ano base 2023), divulgado recentemente pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública, traz um
recorte sobre esse tema, com base em informações atualizadas do Sistema
Nacional de Informações em Segurança Pública (Sinesp).
Esse estudo, vale ressaltar, traz apenas as
estatísticas relacionadas à questão, não adentrando nas causas e consequências.
Contudo, é um referencial importante para ajudar a entender a dimensão que esse
problema tem no país e, especificamente, em Goiás. Não há contextualização de
dados municipais. No Brasil, em 2023, segundo o Mapa, foram contabilizadas
82.287 pessoas desaparecidas. Em 2022, foram 80.675. Portanto, um aumento de
2%. Considerando as 82.287 pessoas desaparecidas no ano passado, tem-se que
51.860 (63,02%) são do sexo masculino e 29.623 (36,98%) são do sexo feminino. A
taxa nacional) ficou em 40,52 por 100 mil habitantes. Foram 225
desaparecimentos por dia. Consta ainda que 25% dos desaparecidos, de ambos os
sexos, no Brasil, estavam na faixa de 0 a 17 anos de idade. A pesquisa aponta que entre as unidades da federação,
as 10 que tiveram maior número absoluto de desaparecimentos, foram: São Paulo
(18.421); Santa Catarina (7.776); Rio Grande do Sul (7.424); Minas Gerais
(6.983); Rio de Janeiro (5.815); Paraná (5.670); Bahia (3.538); Goiás (3.438);
Distrito Federal (2.793) e Pernambuco (2.787). Segundo apurou o
CONTEXTO, em Goiás, em 2023, houve registro de 3.438 pessoas desaparecidas, com
crescimento de 3,12% em relação a 2022, quando houve 3.334 registros oficiais. A
taxa no estado ficou em 48,72 por 100 mil habitantes, portanto, acima da
nacional (40,52/100 mil habitantes). São, em média, 9 pessoas desaparecidas por
dia. Do total de desaparecidos em 2023 (3.438), tem-se que 2.145 (62,39%) são
do sexo masculino e 1.213 (37,61%) são do sexo feminino. A maioria dos
desaparecidos em Goiás são pessoas maiores de idade: 2.480 (72,13%). Os menores
somaram 814 (27,87%). Na região Centro-Oeste, em números absolutos, Goiás é o
estado com maior número de pessoas desaparecidas (3.438), seguido pelo Distrito
Federal (2.793); Mato Grosso (2.419) e Mato Grosso do Sul (1.411). Entretanto,
Goiás é o estado que registrou a menor variação na comparação com 2022 (3,12%).
Mato Grosso do Sul apresentou a maior variação: 235,95%. Distrito Federal e
Mato Grosso registraram variações de 16,38% e 10,66%, respectivamente, na mesma
base comparativa. O Mapa também traz o registro de pessoas localizadas. No
Brasil, em 2023, foram 52.196, com aumento do número de localizados de 14,56 em
relação a 2022 (45.562). Em 2023, registrou-se uma média de 143 pessoas
localizadas por dia. Do total de pessoas localizadas no país em 2023, 59% são
do sexo feminino e 41% do sexo masculino. 24,4% dos localizados estavam na
faixa etária de 0 a 17 anos de idade. Em Goiás, aumentou em 16,20% o
quantitativo de pessoas localizadas. Em 2022, foram 1.321 e, no ano passado,
esse número passou para 1.535. A média foi de 4 pessoas localizadas por dia no
ano de 2023. Leia também: Mais de 3 mil doses de vacinas
contra a dengue estão disponíveis em Anápolis Do total de pessoas
localizadas no estado, 997 (64,95%) eram do sexo masculino e 534 (35,05%) do
sexo feminino. Do total de localizados em 2023, 1.164 (75,83%) eram maiores de
idade e 341 (24,17%) menores de idade.( Fonte Jornal Contexto Noticias GO)