Epstein foi acusado de abusar de mais de 250 meninas menores de idade e de comandar uma rede de exploração sexual nos Estados Unidos.
A Câmara dos Deputados dos Estados Unidos aprovou, por ampla maioria, a abertura integral dos arquivos do caso Jeffrey Epstein nesta terça-feira, 18, após quase um ano de impasse. A proposta segue para o Senado, que deve confirmá-la, e depois para sanção do presidente Donald Trump. A decisão representa uma derrota política para Trump, que vinha resistindo à divulgação, apesar de tê-la defendido durante a campanha. Nos últimos dias, após não conseguir apoio de republicanos para barrar a medida, o presidente recuou e passou a apoiar a abertura. Os arquivos reúnem todas as provas das investigações sobre Epstein, empresário com ligações com políticos, celebridades e figuras influentes, incluindo o próprio Trump. Epstein foi acusado de abusar de mais de 250 meninas menores de idade e de comandar uma rede de exploração sexual. Ele foi preso em 2019 e morreu no mês seguinte, em circunstâncias apontadas oficialmente como suicídio. A resolução foi aprovada com 427 votos favoráveis, apenas um contrário — do republicano Clay Higgins — e cinco abstenções. Dos votos favoráveis, 216 vieram do Partido Republicano. A liberação dos documentos pode encerrar uma das principais controvérsias do atual governo Trump. Depois de assumir o cargo, o presidente passou a atacar a abertura dos arquivos e chegou a chamar de “fracos e tolos” os republicanos que a defendiam. Dias depois, mudou novamente o discurso e declarou que “não havia nada a esconder”. Antes da votação, o governo, pressionado, liberou parte dos documentos a congressistas. Entre eles, e-mails em que Epstein afirmava que Trump “sabia” do esquema de abusos e teria passado “horas” com uma das vítimas em sua casa. Democratas dizem que as mensagens levantam novas dúvidas sobre a relação entre os dois. A Casa Branca acusa o partido de fazer “vazamentos seletivos” para prejudicar o presidente.Um dos e-mails, de 2011, mostra Epstein dizendo a Ghislaine Maxwell que uma vítima passou horas com Trump sem que o fato tivesse sido mencionado publicamente. Outro documento revela discussões de Epstein sobre como responder à imprensa sobre sua ligação com o então aspirante político. A divulgação total dos arquivos ocorre em meio à crescente pressão pública. Durante a campanha, Trump havia prometido revelar a lista de nomes ligados ao esquema de abuso sexual infantil, supostamente registrada nos materiais de Epstein. A cobrança aumentou após o Departamento de Justiça liberar parte dos documentos em fevereiro, sem grandes novidades.Fonte Jornal Opção Noticias Internacional.
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