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terça-feira, 1 de julho de 2025

Crise no Sudão: 239 crianças morreram de fome em Darfur do Norte.

A capital Al-Fashir está sitiada por forças paramilitares desde 2023. Sem acesso a alimentos, medicamentos ou ajuda humanitária, a população enfrenta bombardeios, deslocamentos e abandono internacional diante da pior crise humanitária atual, segundo a ONU.

A Rede de Médicos do Sudão informou nesta segunda-feira (30) que ao menos 239 crianças morreram desde o início de 2025 em decorrência da desnutrição severa, da escassez de alimentos e da falta total de medicamentos no Darfur do Norte, uma das cinco regiões que compõem a vasta e conflagrada zona de Darfur, localizada no oeste do Sudão. O alerta da organização médica ressalta a gravidade da crise humanitária em Al-Fashir, capital do Darfur do Norte, onde essas mortes ocorreram. Segundo o comunicado divulgado, além da fome extrema, armazéns de nutrição infantil foram bombardeados durante os conflitos armados, agravando ainda mais o já dramático cenário da região. Darfur do Norte é uma das subdivisões administrativas do Darfur, região conhecida por décadas de conflitos étnicos, guerras civis e instabilidade política. A cidade de Al-Fashir, que abriga a maior parte da população local, tornou-se atualmente o último bastião do exército sudanês, cercado pelas Forças de Apoio Rápido (RSF, na sigla em inglês) — um grupo paramilitar que domina a maior parte da região de Darfur. A Rede de Médicos do Sudão lamentou a indiferença da comunidade internacional diante do sofrimento prolongado das crianças e da população civil de Al-Fashir, que está sitiada há mais de um ano. Em seu comunicado, a organização fez um apelo urgente por socorro imediato e pediu que organizações internacionais pressionem as RSF a respeitarem os cessar-fogos propostos pelo Secretário-Geral da ONU, António Guterres, já aprovados pelo governo sudanês. O bloqueio imposto pelas RSF e os bombardeios constantes sobre estruturas civis vêm provocando o colapso dos serviços básicos e o deslocamento forçado de milhares de moradores de Al-Fashir. Muitos estão confinados em diferentes pontos da cidade, sem poder sair devido aos intensos combates. A chegada de ajuda humanitária também está seriamente comprometida: neste mês, um comboio da ONU que levava alimentos e itens essenciais foi atacado a caminho da cidade. Desde que a guerra no Sudão teve início, em 15 de abril de 2023, o país mergulhou em uma das piores catástrofes humanitárias do planeta. De acordo com dados das Nações Unidas, milhares de pessoas já morreram em decorrência do conflito, e aproximadamente 13 milhões foram forçadas a abandonar suas casas, criando a maior crise de deslocamento humano do mundo na atualidade.(Fonte Mundo ao Minuto Noticias)

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