Criminosos foram investigados, identificados e presos em várias cidades,
incluindo a capital, Teerã.
O Irã prendeu mais de cem pessoas
envolvidas no caso de suspeita de
envenenamento de centenas de estudantes em todo o país,
segundo a agência de notícias estatal Irna (Islamic Republic News Agency). O
Ministério do Interior do país informou que os criminosos foram investigados,
identificados e presos em várias cidades, incluindo a capital, Teerã. "Inquéritos
iniciais mostram que várias dessas pessoas, por maldade ou aventureirismo e com
o objetivo de fechar as salas de aula influenciadas pela atmosfera psicológica criada,
tomaram medidas como o uso de substâncias inofensivas e malcheirosas",
afirma o comunicado do ministério. O Irã viveu uma onda de suspeitas de
envenenamento nos últimos meses, sobretudo em escolas femininas. Políticos
iranianos sugerem que as meninas poderiam ter sido alvo de grupos islâmicos
linha-dura, que defendem a ideia de que mulheres não devem estudar. Alguns
ativistas, no entanto, acreditam que os envenenamentos podem estar ligados aos
protestos pela morte de Mahsa Amini que ocorreram em setembro do ano passado. A
jovem, de 22 anos, foi assassinada pela "polícia da moralidade",
instituída pelo Estado islâmico, por infringir a lei que determina o uso
obrigatório do hijab — véu que cobre o cabelo das mulheres muçulmanas. À
época, muitas alunas participaram ativamente dos protestos, removendo seus
hijabs na sala de aula e rasgando fotos do líder supremo do Irã, Ali Khamenei.
Dias atrás, Khamenei condenou os supostos envenenamentos, chamou-os de
"crimes imperdoáveis" e pediu "punição severa" para
qualquer pessoa considerada responsável por eles. As primeiras suspeitas de
envenenamento aconteceram em novembro em uma escola secundária na cidade de
Qom, a mais de 150 km de Teerã, onde 18 alunas foram hospitalizadas. Uma menina
sentiu náuseas, falta de ar e dormência na perna esquerda e na mão direita.
Outra teve "dificuldade para andar".Em fevereiro, outro incidente na
cidade, ainda mais grave, deixou hospitalizados mais de cem alunos de 13
escolas. As agências iranianas descreveram o episódio como "envenenamento
em série". Tanto os Estados Unidos quanto as Nações Unidas pediram às
autoridades iranianas que investiguem completamente as suspeitas de
envenenamento e punam os responsáveis. A Casa Branca disse, na segunda-feira
(6), que deve haver uma investigação "credível e independente" de
envenenamentos entre estudantes no Irã, sugerindo que poderia estar no âmbito
das Nações Unidas investigar o assunto.( Fonte R 7 Noticias Internacional)
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