Estelionatários seduzem vítimas e desviam recursos ou prometem lucros com criptomoedas; veja dicas para se relacionar em aplicativos de namoro ou em redes sociais!.
Um grupo de mulheres jovens, de 23 a 32 anos, se uniu para barrar um estelionato amoroso em série provocado por um homem que se apresenta como estudante de medicina, investidor e kitesurfista em perfis no Instagram, Tik Tok e aplicativos de relacionamento, ferramentas com as quais se aproxima de jovens belas e de famílias ricas. É mais um caso do chamado "golpe do amor", que há ao menos três anos vem sendo alvo de alertas por parte da polícia e da Receita Federal.O termo engloba diferentes tipos de fraude, mas todos consistem em envolver a vítima sentimentalmente a fim obter vantagem econômica dela. Em alguns casos, a aproximação romântica pode levar meses. Embora não seja novo, o crime passou a ocorrer com mais frequência pelas redes sociais. A artimanha mais recente remete à série "O Golpista do Tinder", na qual ex-namoradas enganadas desmascaram um israelense que se passava por bilionário. Mas, em 2022, a Folha mostrou o caso de uma vítima em São Paulo que perdeu cerca de R$ 600 mil com um estelionato que começou no Tinder e terminou em uma corretora falsa de criptomoedas. Outros relatos com tentativas semelhantes chegaram à reportagem. Uma advogada que preferiu não se identificar contou que conversa há mais de um mês com um estrangeiro e que ele topou até fazer chamada de vídeo (em péssima qualidade e sempre interrompida pela suposta fragilidade do sinal) para tentar mostrar que não era uma fraude. Embora ela desviasse do assunto finanças, ele tentava falar sobre o tema. Após colocar a imagem dele no aplicativo Google Lens, que leva à foto indexada no buscador, ela viu que o golpista usava a foto de um político alemão. Outra pessoa relatou que falava com um suposto médico no Tinder que dizia estar na guerra. Ele pediu R$ 25 mil argumentando que seu dinheiro estaria preso. Ao procurar a foto no Google, a mulher identificou que ele usava a imagem de um atleta. A fraude costuma ser registrada pela polícia como estelionato sentimental (mesmo que não tenha ocorrido na internet). O termo golpe do amor é recente e está ligado ao aumento desse tipo de ação nas redes sociais. "A linguagem jurídica é estelionato sentimental, que sempre existiu, mas agora está facilitado pelos meios virtuais, onde a pessoa cria contextos sem precisar conhecer a vítima pessoalmente. Às vezes, a vítima não dá prosseguimento na esfera criminal. Na cível, pode conseguir condenação por dano moral quando o estelionatário é encontrado", diz o advogado criminalista Pedro Martinez.(Fonte Tech ao Minuto Noticias)
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