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domingo, 10 de agosto de 2025

Fãs, amigos e familiares se despedem de Arlindo Cruz, na Império Serrano.

Como pedido pela família, a maioria das pessoas veste roupas claras, em sinal de luz, alegria e da energia positiva que o músico espalhou ao longo de sua vida. 

O caixão foi posicionado em frente ao palco da quadra.  Até as 17h deste sábado, só se ouvia Ludmilla e o seu "Numanice" nos rádios em frente à Império Serrano, na zona norte do Rio de Janeiro. Até que sintonizaram em "O Show Tem Que Continuar", e os fãs espremidos na entrada da escola de samba entoaram o clássico de Arlindo Cruz, sambista morto nesta sexta, aos 66 anos, enquanto aguardavam a abertura do velório do músico, às 18h. Em poucos minutos, o espaço lotou. O gurufim de Arlindo -uma homenagem com música, festa, bebida e dança- acontece na sua escola do coração, que por 11 vezes levou um samba de sua autoria para a avenida e está previsto para virar a madrugada, até 10h do domingo. Depois, às 11h, o sepultamento será no Cemitério Jardim da Saudade, em Sulacap, zona oeste da capital fluminense, numa cerimônia restrita a parentes e amigos próximos. Além das dezenas de fãs -que cantavam e batiam palmas, acompanhando os atabaques em cânticos de candomblé, religião de Arlindo-, foram lá familiares e amigos próximos, como seus filhos Arlindinho e Flora, Regina Casé, Zeca Pagodinho, Hélio de la Peña, Marcelo D2, Marcos Salles, seu biógrafo e a escritora Conceição Evaristo. Alguns deles participaram de uma despedida mais reservada, antes da abertura para o público. Arlindinho é requisitado pela imprensa e pelos fãs, que puxam selfies mesmo com o rosto abatido do filho. "Meu pai me ensinou que, desde o momento que colocamos o pé do lado de fora de casa, a gente está trabalhando. Essa é a vida do artista. Então, hoje é um dia de dor, mas também de trabalho. A cerimônia está do tamanho que ele merece, de tudo que ele plantou. Agora é seguir esse legado." Babi, viúva do músico, chegou por volta das 19h, quando Arlindinho empunhou seu banjo e iniciou o gurufim. Ele e sua filha Maria Helena, neta de Arlindo, entoaram alguns sucessos do sambista, como "O Show Tem que Continuar", "Meu Lugar" e "O Bem". "É a primeira vez que eu entro na quadra do Império Serrano. Eu desfilei no ano da homenagem, mas não vim para nenhum ensaio", diz Kauan Felipen, filho de Arlindo em outro relacionamento. "E é meio nostálgico, mesmo não tendo vivido aqui. Aqui é o lugar de origem dele, então é um lugar meio místico para mim, bem forte". O gurufim, porém, não encobre a dor com alegria -desata o nó da garganta através da música. Em volta da grade, os fãs cantam com olhos marejados e narizes fungando na noite fria do Rio. Uma roda de samba -ou pagode, já que nunca existiu diferença entre os gêneros para Arlindo- começou por volta das 19h30, seguindo com alguns clássicos da rua, como "Agora Viu Que Me Perdeu e Chora", "Pra Ser Minha Musa" e "Meu Poeta". "Arlindo era o elo entre gerações", diz o cantor e compositor Mosquito. "Era um cara muito antenado, estava na rua o tempo inteiro. Um cara que conhecia a molecada e tinha um respeito pelos grandes. Era um cara generoso, sensível e sagaz ao mesmo tempo". Perto das 21h, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes também foi ao velório com Cristina, sua esposa. Eles se juntaram à roda de samba e cantaram abraçados aos familiares do sambista.  "O mestre descansou", diz Salles, o biógrafo. "E deixa uma obra e uma trajetória das mais importantes da história da música, da história do samba. Que todos aprendam e prestem atenção nas canções deixadas por Arlindo." Como pedido pela família, a maioria das pessoas veste roupas claras, em sinal de luz, alegria e da energia positiva que o músico espalhou ao longo de sua vida. O caixão foi posicionado em frente ao palco da quadra, onde foram espalhadas mais de uma dezena de coroas de flores -com mensagens de nomes como o presidente Lula e da primeira-dama Janja da Silva, além da Beija-flor de Nilópolis-, enquanto um telão mostra imagens do sambista. Sobre o caixão, bandeiras da Mocidade, Grande Rio, Império Serrano e do Flamengo. Arlindo morreu por falência múltiplos dos órgãos. O sambista estava internado no Hospital Barra D'Or, na Barra da Tijuca. Desde 2017, lidava com as complicações de um acidente vascular cerebral. Em 2023, Arlindo foi o homenageado da Império Serrano durante o Carnaval. Em um dos carros, havia uma imensa alegoria do artista, tocando banjo e usando uma coroa imperiana, símbolo da escola. O próprio músico participou, acompanhado da família e de uma equipe médica -ele sofreu um acidente vascular cerebral em 2017, que o deixou com graves sequelas.(Fonte Fama ao Minuto Noticias)

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