O Emmy 2025 surpreendeu ao premiar estreantes como “The Pitt” e “O Estúdio”, que desbancaram favoritas veteranas.
Com distribuição equilibrada entre HBO Max, Netflix e Apple TV+, a premiação refletiu um cenário menos concentrado e mais diverso na indústria do streaming.Um clima de incerteza abateu o Emmy deste domingo (14) até seus minutos finais. Nenhum vencedor era garantido até ter seu nome lido por um dos apresentadores, o que se refletiu no surpreendente resultado de melhor série de drama para "The Pitt", novata que desbancou as veteranas e fortes concorrentes "Ruptura", "The Last of Us" e "The White Lotus".Comédia também teve um caminho pouco claro nesta 77ª edição do mais importante prêmio americano de televisão e streaming. Muitos apostavam em "Hacks" como bicampeã, mas a melhor série do gênero foi outra estreante, "O Estúdio". Grande vencedora da noite, a produção embolsou 13 prêmios, contando os recebidos no fim de semana passado, quando o Creative Arts Emmy adiantou categorias técnicas e secundárias. A única obviedade era a vitória de "Adolescência" em melhor minissérie. Mesmo assim, era difícil apostar que a obra dominaria a premiação, arrematando seis troféus na noite deste domingo e deixando apenas o de melhor atriz para a adversária "Pinguim", com Cristin Milioti. Assim, este foi um Emmy mais pulverizado que aquelas antigas edições dicotômicas, em que HBO Max e Netflix batiam cabeça. A primeira plataforma é dona de "The Pitt", enquanto a segunda, de "Adolescência". Mas o Apple TV+, de "O Estúdio", vem se firmando cada vez mais como lar de tramas consideradas "premium", com alto valor de produção e aclamadas pela crítica. No placar geral, HBO Max -que ironicamente não parecia apostar muito em "The Pitt", já que em seu lançamento não lhe destinou o selo "HBO"- ficou com nove dos prêmios da noite, enquanto Apple TV+ e Netflix levaram sete e seis, respectivamente. É um cenário menos concentrado e mais apaziguado que aquele de poucos anos atrás, quando falava-se muito numa "guerra do streaming". As mudanças na indústria, aliás, foram o mote da esquete de abertura da cerimônia deste Emmy, à la "Saturday Night Live", que fez troça a partir das transformações ao longo da história da televisão. Primeiro apresentador da noite, Stephen Colbert foi recepcionado com uma grande salva de palmas, com o público demonstrando solidariedade após o cancelamento de seu "The Late Show", em condições obscuras e na esteira de críticas do presidente Donald Trump a seu programa. "Alguém está contratando?", perguntou ele, brincando com a situação. Mais tarde, o apresentador recebeu o troféu de melhor talk show. Colbert subiu ao palco em meio a gritos efusivos. "Às vezes você só percebe que realmente ama algo quando está a ponto de perdê-lo, e eu nunca amei tanto o meu país", disse. "Fiquem fortes, sejam corajosos e se o elevador tentar te levar para baixo, seja louco e soque o botão de um andar mais alto." Já o anfitrião, Nate Bargatze, entregou um trabalho morno, tirando risadas tímidas do auditório e sem grandes ousadias -pelo lado bom, sem muitos momentos constrangedores, quando se ofende mais do que diverte. O comediante parecia pouco à vontade na estreia da função, com gaguejadas ocasionais. Mas se a performance de Bargatze não foi das melhores, houve muitas outras a serem celebradas.(Fonte Fama ao Minuto Noticias)
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