Ibrahim Kalin, assessor do presidente turco Erdogan, cedeu entrevista neste sábado (14) explicando as intenções do país.
A Turquia alertou neste sábado (14) que "uma operação militar terrestre" na Síria "é possível a qualquer momento", segundo palavras de um assessor do presidente Recep Tayyip Erdogan, Ibrahim Kalin. "Continuamos apoiando o processo político" iniciado no final de dezembro, com uma reunião dos ministros da Defesa turco e sírio em Moscou, disse Kalin. "Mas uma operação terrestre é possível a qualquer momento, dependendo do nível de ameaças recebidas", declarou Kalin a repórteres de vários meios de comunicação estrangeiros.O conselheiro indicou que é possível que os ministros da Defesa dos dois países voltem a se reunir antes do encontro previsto para meados de fevereiro, entre os chanceleres turco e sírio. “Queremos que haja segurança em nossas fronteiras”, justificou, alegando que forças curdas estão presentes no território sírio. "Nunca atacamos [interesses] do Estado sírio ou dos civis sírios", disse ele. No entanto, Kalin denunciou que as garantias de segurança prometidas por Rússia e Estados Unidos após a última ofensiva turca na Síria, em 2019, "não foram mantidas" e que os combatentes curdos não se afastaram 30 quilômetros da fronteira, como prometido.De sua parte, o presidente sírio, Bashar al-Assad, alertou na quinta-feira (12) que antes que qualquer reunião entre ele e seu homólogo turco ocorra, deve haver "o fim da ocupação" turca no norte da Síria.Por outro lado, Kalin especificou que as próximas eleições presidenciais turcas ocorrerão em maio, e não em junho -como planejado-, embora -disse- ainda não tenha sido especificada uma data. Kalin também disse que, na Ucrânia, o país quer promover um cessar-fogo "localizado" porque, no momento, não espera um acordo de paz mais amplo. Nem a Rússia nem a Ucrânia "estão em posição de vencer militarmente", disse ele, confiante de que "no final terão que negociar para chegar a um resultado aceitável" para ambas as partes. "No momento, ninguém quer parar de lutar, mas devemos continuar pedindo que o façam", afirmou. "Se não conseguirmos chegar a um acordo de paz global, buscaremos um cessar-fogo localizado e limitado, desescaladas locais", acrescentou. Desde o início do conflito em 24 de fevereiro, a Turquia, que mantém boas relações com os dois países, se ofereceu para mediar para acabar com a guerra, "o pior desafio internacional desde a Segunda Guerra Mundial", avaliou. "Já alcançamos algumas conquistas", disse ele, citando o acordo assinado em meados do ano passado sobre as exportações de grãos ucranianos pelo Mar Negro e Bósforo (quase 18 milhões de toneladas exportadas até o momento) e a facilitação das trocas de prisioneiros de guerra."Mas isso não é suficiente (...), é apenas uma pequena parte de um quebra-cabeças muito maior", disse.( Fonte R 7 Noticias Internacional)
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