Ahmed Nasser Al Raisi teria deixado seu
opositor vivendo em condições precárias em uma cela sem água, colchão ou
cobertor.
O general dos Emirados Ahmed Nasser Al Raisi, contra quem há
denúncias de "tortura" na França e na Turquia, foi eleito presidente
da Interpol nesta quinta-feira (25) em Istambul, anunciou a Organização
Internacional de Polícia Criminal.Ahmed Nasser Al Raisi "foi eleito para o
cargo de presidente", anunciou a Interpol em sua conta no Twitter.Os
estatutos da Interpol, cuja assembleia geral é realizada em Istambul desde
terça-feira (23), concedem ao presidente um papel principalmente honorário e a
verdadeira pessoa responsável é o secretário-geral, Jürgen Stock, reeleito em
2019 para um segundo mandato de cinco anos. No entanto, organizações de
direitos humanos e legisladores europeus se opuseram à eleição de Al Raisi,
considerando que isso afetaria a missão da Interpol. Seu país, os Emirados
Árabes Unidos, é o segundo maior contribuinte dessa organização de cooperação
policial.O presidente da Interpol, nomeado por quatro anos, atua em regime de
meio período e sem remuneração, e o faz em seu país de origem. Apesar disso,
vários observadores expressaram sua preocupação com a chegada de Al Raisi à
presidência da organização."Estamos convencidos de que a eleição do
general Al Raisi afetaria a missão e a reputação da Interpol (...)"
escreveu em meados de novembro à Presidente da Comissão Europeia, Ursula Von
der Leyen, três eurodeputados, incluindo Marie Arena, presidente do subcomissão
dos Direitos do Homem do Parlamento Europeu.Queixas
por torturaDiversas
queixas de "tortura" contra Al Raisi foram feitas nos últimos meses
na França, onde a organização está sediada, e na Turquia, país que sedia a
assembléia geral que se realiza em Istambul desde terça-feira.O Centro de
Direitos Humanos do Golfo acusou o general dos Emirados de "atos de
tortura e barbárie" contra o opositor Ahmed Mansoor, detido desde 2017 em
uma cela de
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