Valor representa quase o dobro do previsto inicialmente
para o Auxílio Brasil, de R$ 34,7 bilhões, que substituiu o Bolsa Família.
O gasto do governo federal com o auxílio emergencial deste
ano superou R$ 60 bilhões, após o pagamento da sétima e última parcela. O valor
equivale a 93%, quase o total do orçamento de R$ 64,9 bilhões previstos para as
sete parcelas, depositadas até o último domingo (31). O calendário do benefício
prevê saque em dinheiro até o dia 19 de novembro. O gasto com o benefício
é quase o dobro do orçamento previsto inicialmente para o Bolsa Família, de R$
34,7 bilhões, que foi substituído pelo Auxílio Brasil a
partir de novembro, mas mantém a mesma dotação. O governo está com dificuldade
para definir a fonte de investimento do novo programa sem comprometer o teto de
gastos, uma exigência da Lei de Responsabilidade Fiscal. A equipe econômica
conta com a aprovação da PEC (Proposta de Emenda à Constituição) dos Precatórios, que prevê limite de pagamento das dívidas
judiciais, aprovada na madrugada desta quinta-feira (4) pela Câmara dos
Deputados. A proposta volta ao plenário em segunda votação na terça-feira (9).
Outra aposta é a reforma do Imposto de Renda, que prevê a tributação de
dividendos com esse fim. A reforma já passou na Câmara, mas ainda não foi
apreciada no Senado. O governo já aumentou a alíquota do IOF (Imposto de Operações Financeiras) até
dezembro, para poder bancar os custos iniciais do Auxílio Brasil. O
Ministério da Cidadania anunciou que o pagamento do novo programa começará
em 17 de novembro de acordo com o final do NIS,
seguindo o cronograma habitual vigente do Bolsa Família. No primeiro mês, os
atuais benefícios terão rejuste de 17,8%. Em dezembro, segundo a Pasta, o valor
das parcelas deverá ser acrescido de um benefício temporário para garantir o
pagamento de ao menos R$ 400 até dezembro de 2022. Além disso, o número de beneficiados
será ampliado para 17 milhões. Orçamento
para a Covid-19 O orçamento das medidas provisórias (MP) editadas pelo
Executivo para enfrentar os impactos da crise provocada pela pandemia de
Covid-19 prevê R$ 135,6 bilhões para todas as ações neste ano. Até o momento
foram gastos R$ 109,3 bilhões. Desse total, a maior parte, quase 55%, foi para
o auxílio emergencial a trabalhador informal e população de baixa renda.Depois
dos gastos com o auxílio emergencial, em segundo lugar estão as despesas
adicionais do Ministério da Saúde e demais ministérios, com R$ 19,3 bilhões
executados, e, em terceiro, a aquisição de vacinas e insumos contra a Covid-19,
que chegou a R$ 16,1 bilhões, de um total de R$ 26,1 bilhões.Os números são do
Monitoramento dos Gastos da União com Combate à Covid-19, atualizados
diariamente, no Portal Tesouro Transparente, da Secretaria do Tesouro Nacional,
ligada ao Ministério da Economia. Fim do
auxílio O benefício foi criado em abril do ano passado pelo governo
federal para atender a população de baixa renda afetada pela pandemia. No
início, foi pago em cinco parcelas de R$ 600 ou R$ 1.200 para mães chefes de
família e, depois, estendido até 31 de dezembro de 2020 em até quatro parcelas
de R$ 300 ou R$ 600 cada. Ao todo, beneficiou 68 milhões de pessoas, com um
total de R$ 293,1 bilhões.Neste ano, ao todo, receberam o auxílio emergencial
nesta última etapa 34,4 milhões de pessoas — 25,1 milhões inscritos por
aplicativo da Caixa ou pelo CadÚnico e 9,3 milhões do Bolsa Família, que tem
ainda outros 5,3 milhões. O pagamento teve sete parcelas de R$ 375 para
mulheres chefes de família, R$ 150 para pessoas que moram sozinhas e R$ 250
para os demais.Com o fim do benefício, mais de 22 milhões de pessoas vão deixar
de receber ajuda do governo federal. O Auxílio Brasil, substituto do Bolsa
Família, deverá atingir até 17 milhões, dos quais 14,6 milhões que já faziam
parte do programa e mais 2,4 milhões que serão incluídos com a ampliação do
programa anunciada pelo Ministério da Cidadania.( one R 7 Noticias Brasil)
Nenhum comentário:
Postar um comentário