Tanzânia nega que presidente,
sumido há 14 dias, esteja com Covid.
Um ano após defender que país estava
“protegido por Deus” da doença, Magufuli estaria internado na Índia.
Autoridades
da Tanzânia negaram à Reuters nesta sexta
(12) que o presidente John Magufuli esteja em estado crítico com Covid-19. O
político, que rejeitou a existência do vírus por meses e afirmou que o país
estava “protegido por Deus”, não é visto em público desde o último dia 27.“O
presidente está com boa saúde e trabalhando normalmente”, disse o
primeiro-ministro Kassim Majaliwa. “Pedimos que os tanzanianos fiquem calmos,
parem de divulgar notícias falsas e orem para que os líderes evitem o ódio”.O
líder da oposição Tundu Lissu,
porém, afirma que Magufuli teria sido hospitalizado em Nairóbi, no Quênia, e
levado em coma à Índia.
Na quarta (10), o jornal queniano “Nation” apontou
que um líder africano havia sido internado no país. A informação teria sido
repassada por fontes governamentais anônimas. Exilado na
Bélgica desde novembro, Lissu relatou ao “The Guardian” que
o presidente recém reeleito nunca usou máscara ou tomou qualquer precaução
contra o vírus. “É alguém que destruiu a ciência repetidamente e publicamente”,
disse. Magufuli minimizou a ameaça da Covid-19, se negou a
comprar vacinas, zombou dos testes de coronavírus e se opôs ao uso de máscaras
e distanciamento
social desde o início da pandemia, em março de 2020. O
ex-professor de Química ainda defendeu uma “infusão de ervas” para combater o
vírus, registrou a BBC. As (possíveis)
estatísticas Em maio de 2020, o presidente ordenou
que o país parasse de registrar os casos de contágios ao alegar ter
“extinguido” o vírus na Tanzânia. Até então haviam 509 casos confirmados e 21
mortes, conforme a OMS (Organização Mundial da Saúde). Um overview sobre
as nações vizinhas, porém, dá indicações de qual seria a real situação da
Tanzânia. Ao leste, o Quênia soma
mais de 111 mil infecções confirmadas e cerca de 1,9 mil óbitos. Já a Zâmbia, ao sul, soma 84
mil registros e pouco mais de 1,1 mil mortos pelo vírus. Na capital tanzaniana Dar
es Salaam, as inundações de 15 de fevereiro também afetaram hospitais – todos
já lotados e com leitos, oxigênio e respiradores esgotados. “Estou cansado de
ir a enterros”, disse um legislador aliado a Magufuli, Zacharia Issay, à
revista “Foreign Policy”,
pedindo em fevereiro que o governo quebre o silêncio sobre a pandemia. Em caso
de morte ou incapacidade de exercer a função, Magufuli será substituído pela
vice-presidente Samia Suluhu Hassan, ex-funcionária do Programa Mundial de
Alimentos das Nações Unidas e primeira mulher a ocupar o cargo, em 2015.( Fonte
A Referencia Noticias Interncional)
Nenhum comentário:
Postar um comentário