Egito usa diplomacia para firmar cessar-fogo entre Israel e Hamas.
Chefe da diplomacia israelense foi a Cairo pela 1ª vez em 13 anos e o
chefe da inteligência egípcia foi recebido por Netanyahu.
O Egito realizou intensa atividade diplomática neste domingo (30) para tentar consolidar o cessar-fogo entre Israel e o movimento islâmico palestino Hamas, em particular com a visita ao Cairo do chefe da diplomacia israelense, a primeira do gênero em 13 anos. Ao mesmo tempo, o chefe dos serviços de inteligência egípcios, Abbas Kamel, se reuniu em Jerusalém com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e em Ramallah (Cisjordânia ocupada) com o presidente da Autoridade Palestina, Mahmud Abbas. Com o primeiro-ministro israelense, as discussões se concentraram principalmente na "intensificação da cooperação" entre os dois países vizinhos, segundo nota do gabinete de Benjamin Netanyahu. Netanyahu se referiu à questão dos israelenses detidos em Gaza, que é a principal demanda para futuras negociações com o Hamas, assim como "os meios para impedir" o movimento islâmico de usar os "recursos alocados à população" para a reconstrução da Faixa de Gaza, de acordo com a mesma fonte. Em Ramallah, Abbas Kamal discutiu com Mahmud Abbas sobre "o apaziguamento global em Jerusalém, Cisjordânia e Gaza", sobre a "reconstrução" do enclave - na fronteira com o Egito - e sobre o "diálogo palestino" entre os movimentos Fatah e o Hamas, de acordo com a agência oficial palestina Wafa. Negociado pelo Egito, um país ligado desde 1979 por um tratado de paz com Israel e um mediador tradicional entre palestinos e israelenses, um cessar-fogo foi instituído em 21 de maio após uma nova guerra devastadora entre Israel e o Hamas. De 10 a 21 de maio, 254 palestinos foram mortos em ataques israelenses na Faixa de Gaza, incluindo 66 crianças e combatentes, segundo autoridades locais. Em Israel, foguetes disparados de Gaza mataram 12 pessoas, incluindo uma criança, um adolescente e um soldado, segundo a polícia. No Cairo, o chanceler israelense Gabi Ashkenazi manteve conversas com seu colega egípcio, Sameh Shoukry, com o objetivo de "reacender o caminho da paz e reforçar o cessar-fogo em Gaza", de acordo com um tuíte do ministério egípcio. A reunião discutiu as possibilidades de "facilitar rapidamente a reconstrução" na Faixa de Gaza e Shoukry enfatizou a "necessidade de levar em consideração a sensibilidade particular [de] Jerusalém Oriental, a Mesquita de Al Aqsa e todos os locais sagrados muçulmanos e cristãos", segundo o Ministério das Relações Exteriores egípcio em um comunicado. Ele também observou que seu governo estava "totalmente comprometido" com a repatriação de prisioneiros israelenses mantidos pelo Hamas. Dezenas de caminhões com ajuda internacional já chegaram ao enclave, e a ONU fez um apelo para arrecadar 95 milhões de dólares para ajudar Gaza e a Cisjordânia ocupada, além dos 18 milhões liberados durante o conflito.( Fonte R 7 Noticias Internacional)
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