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domingo, 1 de março de 2020

NOTICIAS GERAL-POLICIA SECRETA

Um dos símbolos das duas Alemanhas, parte do Muro de Berlim foi derrubado quando o país comunista deixou de existir

As histórias reveladas pelos documentos que a polícia secreta da Alemanha Oriental não conseguiu destruir

No antigo complexo da sede da Stasi, funcionários ainda montam o quebra-cabeça de pedaços de documentos que foram rasgados por membros da polícia secreta nos últimos meses de existência de um dos principais pilares do regime da Alemanha Oriental. Em setembro de 1980, Angelika Gerlach entrou com um pedido para viver na República Democrática Alemã (RDA) e adquirir a cidadania do país comunista. Num documento, dizendo ser órfã e sem parentes próximos, a mulher de 30 anos relata suas experiências profissionais, além da frustação e insatisfação de morar na vizinha "imperialista". Na Alemanha Oriental, aparentemente recebida de braços abertos, Gerlach começa um curso de enfermeira em Erfurt, onde viveu até fevereiro de 1986, quando desaparece misteriosamente sem deixar rastros. Cerca de um ano depois e com um novo rosto, Gerlach ressurge como Sylvia Bayer em Neubrandenburg, onde se torna diretora do departamento de informação e documentação de uma farmacêutica. O desaparecimento de Gerlach e sua nova identidade foram providenciados pelo Ministério de Segurança do Estado (MfS), conhecido popularmente como Stasi, a polícia secreta da Alemanha Oriental. Essa, porém, não era a primeira vez que a alemã ganhava uma nova vida com o apoio do órgão comunista. Gerlach era na verdade Silke Maier-Witt, uma das mais famosas terroristas da Fração do Exército Vermelho (RAF). Na época em que se tornou a mulher que sonhava em viver num país comunista, era procurada na Alemanha Ocidental por ter participado do sequestro e da morte do empresário Hanns-Martin Schleyer em 1977, no auge do radicalismo da organização guerrilheira alemã de extrema esquerda.Durante a década de 1970, além de observar e monitorar a RAF, a Stasi chegou a colaborar com o grupo que aterrorizava a Alemanha do outro lado da fronteira, fazendo vistas grossas a viagens de integrantes da organização para o Oriente Médio a partir do aeroporto de Berlim Oriental. O contato entre eles se intensificou no decorrer dos anos e, na década de 1980, a polícia secreta comunista ofereceu asilo aos extremistas procurados na Alemanha Ocidental. Foi assim que Silke Maier-Witt se tornou Angelika Gerlach. Com a ajuda da Stasi, que além de arrumar moradia e um novo emprego, ela se tornou uma cidadã da RDA. Ao receber a informação de que o disfarce da terrorista havia sido descoberto pela Alemanha Ocidental em 1986, a polícia secreta comunista imediatamente providenciou o desaparecimento da fugitiva, que, pouco depois, foi submetida a uma cirurgia plástica para mudar sua fisionomia e ganhou uma nova identidade. Além de ser Angelika Gerlach e Sylvia Bayer, nos arquivos da Stasi, Maier-Witt também aparece como Anja Weber, o codinome pelo qual era identificada durante os anos em que foi "funcionária não oficial", ou seja, informante da polícia secreta.A história de Maier-Witt na Alemanha Oriental e o auxílio da Stasi na clandestinidade de terroristas da RAF só foram descobertos graças ao trabalho de restauração dos milhões de pedaços de documentos picotados que foram recuperados na sede do antigo Ministério de Segurança do Estado e em repartições da pasta espalhada por diversas cidades da antiga RDA.( Fonte BBC  NEWS BRASIL)

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