Veto da Rússia deixaria milhões
sem acesso a ajuda humanitária na Síria.
Resolução do Conselho de Segurança da
ONU garante acesso ao noroeste sírio até 10 de julho. Moscou indica que vetará.
Organizações
internacionais pressionam a Rússia a desistir do veto que impediria a chegada
de ajuda humanitária a milhões de pessoas na Síria, de acordo com a Human Rights Watch (HRW).
Atualmente, uma resolução do Conselho de Segurança da ONU (Organização das
Nações Unidas) permite que alimentos e
medicamentos cheguem ao noroeste da Síria através de Bab
al-Hawa, partindo da Turquia. A autorização, porém, vence no dia 10 de
julho, e a Rússia dá a entender que usará seu poder de veto para que a
autorização não seja renovada. Segundo a HRW, o bloqueio em Bab
al-Hawa seria “catastrófico”, sobretudo em meio à pandemia. Até
meados de abril, 55 mil doses de vacina contra a Covid-19 chegaram ao noroeste
da Síria através de ajuda humanitária. Estatísticas sugerem entre 11 mil e 16
mil casos da doença na região, mas a ONU entende que o número é bem maior, já
que a testagem é bastante limitada. “Fechar o único caminho que resta à ONU no
noroeste da Síria cortaria ajuda a milhões de pessoas e desencadearia uma
calamidade humanitária”, disse Gerry Simpson, diretor da HRW para crises e
conflitos. “As pessoas no noroeste, e milhões de outras no nordeste do país,
precisam que os suprimentos, incluindo vacinas, cheguem por todas as rotas
possíveis”. Em janeiro de 2020, a ONU já havia sido impedida de continuar com
suas atividades na fronteira com o Iraque, através de Yarubiyah. O caminho
servia para levar ajuda humanitária à região nordeste do país. Guerra civil A guerra civil, que já dura dez anos sem
indícios de que terminará tão cedo, deixou cerca de 13 milhões de pessoas
dependentes de ajuda humanitária na Síria. Na região noroeste, que seria
afetada pelo bloqueio, há 4 milhões de pessoas nessa situação. O Conselho
de Segurança segue em negociações para a manutenção da passagem por Bab
al-Hawa. A Rússia, aliada da Síria,
justifica o veto em respeito à soberania de Damasco. Já o presidente sírio
Bashar al-Assad entende que o controle sobre a ajuda humanitária é uma maneira
de aumentar seu poder político no país. “É chocante que a ideia de
abandonar milhões de pessoas esteja em debate no Conselho de Segurança. Todos
os membros, inclusive a Rússia, deveriam focar em salvar vidas, não em
sacrificá-las por conquistas políticas”, declarou Simpson.( Fonte A Referencia
Noticias Internacional)
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