Trump destacou que, antes de continuar fornecendo ajuda à Ucrânia, quer garantir que os EUA tenham acesso às reservas de terras raras do país, fundamentais para a indústria tecnológica e militar.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump,
levantou a possibilidade de a Ucrânia se tornar parte da Rússia no futuro, ao
mesmo tempo em que reforçou sua exigência de que Washington tenha acesso às
reservas de terras raras ucranianas como condição para continuar o apoio
militar ao país. A declaração foi feita durante uma entrevista à Fox News, na
segunda-feira (10). "Quero que o nosso dinheiro esteja
seguro porque estamos gastando centenas de milhares de milhões de
dólares", disse Trump, reforçando que o apoio dos EUA a Kiev deve vir
acompanhado de vantagens estratégicas para os americanos. O republicano também
indicou que um possível acordo entre Rússia e Ucrânia continua indefinido, mas
sugeriu que a situação do país pode mudar. "Podem chegar a um acordo,
podem não chegar a um acordo. Podem ser russos um dia, podem não ser russos um
dia", afirmou. Trump destacou que, antes de continuar fornecendo ajuda à
Ucrânia, quer garantir que os EUA tenham acesso às reservas de terras raras do
país, fundamentais para a indústria tecnológica e militar. Durante a
entrevista, ele mencionou um pedido anterior feito a Kiev de US$ 500 bilhões
(aproximadamente R$ 2,5 trilhões) em terras raras como contrapartida. "Pelo
menos assim não nos sentimos estúpidos", acrescentou. Durante sua campanha
eleitoral, Trump prometeu resolver o conflito em 24 horas, mas recentemente
alterou a previsão para seis meses após sua posse, em 20 de janeiro de 2025.
Apesar disso, Rússia e Ucrânia ainda estão distantes de um acordo, embora ambas
tenham adotado uma postura de diálogo desde o retorno do republicano à Casa
Branca. As negociações entre Ucrânia e Rússia estão paralisadas desde meados de
2022, com Moscou exigindo o reconhecimento da anexação de territórios
ucranianos ocupados. A invasão russa, iniciada em 24 de fevereiro de 2022, foi
justificada pelo Kremlin como uma tentativa de proteger minorias separatistas
pró-Rússia e "desnazificar" o país vizinho. Desde então, a Ucrânia
tem fortalecido laços com o Ocidente e buscado maior aproximação com a União
Europeia e a OTAN. O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky apresentou um
"plano de vitória" aos seus aliados, incluindo Trump, no final de
2024. No entanto, o posicionamento do líder americano levanta dúvidas sobre o
futuro do apoio dos EUA à Ucrânia e o rumo das negociações de paz. As
informações sobre o conflito divulgadas por ambos os lados seguem sem
verificação independente, e o cenário permanece incerto quanto a um possível
desfecho da guerra. Leia Também: Vinte pessoas são resgatadas após fogo em hostel de 5 andares em
Londres(Fonte Mundo ao Minuto Notícias)
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