Idoso que morreu na última semana após discussão com motorista reacendeu
alerta para o problema.
Casos de pessoas ficando
feridas ou, até mesmo, morrendo após serem atropeladas por ônibus na cidade de
São Paulo vêm se repetindo nas últimas semanas. São pelo menos quatro os mortos
por esse motivo no ano na Grande São Paulo, além de vários outros casos de
atropelamento. Um idoso de 73 anos foi a última vítima fatal. Ele foi atropelado após ter
discutido com o motorista de um coletivo no Tremembé, zona norte de São Paulo, na
tarde do dia 26 de fevereiro. O passageiro Dalcy Almeida Cangussu, de 73
anos, pegou a linha 1764-10 — Jardim Corisco, e se envolveu em uma confusão com
o condutor, que não estaria usando corretamente a máscara de proteção facial,
item que até então era obrigatório no transporte público da cidade. Em
determinado momento, o idoso solicitou ao condutor a parada no ponto. O
motorista, irritado, negou a parada. Uma câmera de segurança flagrou
quando uma mulher desce e caminha até a calçada. Dalcy tenta descer, mas as
portas fecham na sua frente. Quando o homem consegue colocar os pés no chão, o
condutor dá partida, mas as mãos do idoso ficam presas na porta. O motorista
acelera e arrasta a vítima, que tem o corpo atingido pela roda traseira do
veículo. Após dias internado, Dalcy morreu em razão de uma embolia pulmonar
causada pelo atropelamento. O condutor vai responder por homicídio doloso.
Um ônibus atropelou e matou o ciclista Rafael Mesquita Xavier, de 29 anos, em
janeiro. O jovem pretendia casar em fevereiro deste ano. Ele foi
atropelado quando pedalava na Avenida Doutor José Artur da Nova. Um
ônibus passou em alta, atropelou o jovem e não prestou socorro. Uma
mulher também acabou embaixo das rodas de um ônibus ao ser atropelada e
arrastada por cerca de 50 metros por um ônibus na Avenida
dos Autonomistas, em Osasco, na região metropolitana de São
Paulo, na manhã do dia 31 de janeiro. Nas imagens, a vítima aparece
atravessando a via na faixa de pedestres quando é atingida pelo ônibus, que
fazia uma curva. Uma equipe tentou realizar o resgate, mas a mulher morreu no
local. O ônibus é da frota da capital paulista, e o local do atropelamento é
uma região de Osasco próxima ao limite com a capital. Também em 31 de
janeiro, um idoso de 82 anos de nome Florisvaldo saía do ônibus pela porta da
frente e perdeu o equilíbrio, caindo na frente do
coletivo. O motorista arrancou e passou com as rodas dianteiras
por cima do passageiro, que morreu. O caso ocorreu em Sapopemba, na zona leste.
Um motorista foi afastado
após arrancar com o ônibus e atropelar uma passageira, pois não esperou a vítima
descer do coltetivo, no dia 23 de janeiro. Uma câmera de segurança
registrou quando o coletivo de prefixo 68.314, da linha 5018/10, no sentido
Shopping Interlagos - Jabaquara, parou em um ponto na Avenida Santo Afonso. As
pessoas desembarcaram rapidamente, mas, antes que a última passageira tocasse o
chão, o motorista arrancou. A vítima ficou presa na porta e caiu logo em
seguida. Ela ficou ferida, mas não morreu. Em alguns casos, a ação dos
motoristas faz com que os passageiros se machuquem. Um condutor se recusou a acionar
o elevador para que um cadeirante entrasse no coletivo na avenida Cupecê, na zona sul de São
Paulo, no dia 12 de fevereiro. O motorista fecha as portas e sai do local.
Contudo, como o farol fechou, o coletivo parou poucos metros à frente, e a
vítima foi para a frente do automóvel. No momento em que o rapaz tenta ir para
a rua, a cadeira de rodas empina e ele cai no chão. O motorista do ônibus saiu
do local sem prestar socorro. Em nota, a Prefeitura de São Paulo, por
meio da SPTrans, informou que repudia atos e comportamentos de motoristas das
empresas concessionárias que coloquem em risco a vida e a integridade física de
passageiros e de qualquer cidadã ou cidadão na via pública. De acordo com o
órgão, há um trabalho de atualização do treinamento dos motoristas,
cobradores e fiscais de linha de ônibus da cidade, em que são obrigatórios
temas como respeito ao passageiro em geral, em específico aos idosos .
Todos os motoristas, cobradores e fiscais contratados, antes da assinatura do
contrato, têm a obrigatoriedade de fazer o treinamento de Ingresso, que é
validado e auditado pela SPTrans. A SPTrans conta com o PRAT (Programa de
Redução de Acidentes no Transporte) que visa reduzir o número de ocorrências
com vítimas envolvendo os ônibus do sistema municipal, que atua na prevenção e
determina o afastamento dos motoristas envolvidos em acidentes e somente os
liberam para retornar às suas funções após passarem por treinamento de
reciclagem.( Fonte R 7 Noticias Brasil)