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domingo, 2 de fevereiro de 2025

Presidente mexicana rejeita mudança de nome do Golfo do México imposta por Trump.

 

 Claudia Sheinbaum argumenta que o nome "Golfo do México" é reconhecido mundialmente e que mudanças devem ser feitas com consentimento de todos.

A recente disputa sobre a possível mudança no nome do Golfo do México gerou tensões diplomáticas entre os Estados Unidos e o México. A questão começou logo após a posse de Donald Trump como presidente dos EUA, quando ele assinou uma ordem executiva determinando que o Golfo do México fosse renomeado para “Golfo da América”. A medida, anunciada como uma das primeiras ações de Trump, gerou polêmica, especialmente no México, que questiona a legalidade da mudança unilateral do nome de um corpo d’água que é compartilhado por vários países. A presidente do México, Claudia Sheinbaum, reagiu formalmente à decisão de Trump, enviando uma carta ao Google pedindo que reconsiderasse a alteração nos seus mapas. A renomeação seria aplicada apenas dentro dos Estados Unidos, com o nome “Golfo do México” sendo mantido em outras partes do mundo. O Google, em sua resposta, afirmou que suas atualizações de nomes são baseadas em fontes oficiais de governos, mas ainda não se pronunciou detalhadamente sobre o pedido feito pelas autoridades mexicanas. Do ponto de vista jurídico, o México argumenta que a soberania sobre o Golfo do México está limitada às 12 milhas náuticas (aproximadamente 22 quilômetros) da costa de cada país, conforme a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar. Por isso, segundo as autoridades mexicanas, os Estados Unidos não têm autoridade para alterar o nome de um corpo d’água internacional sem o consentimento dos outros países que compartilham suas águas, ou seja, México e Cuba. O Golfo do México é uma região de grande importância econômica e geopolítica, com mais de 1,6 milhão de quilômetros quadrados de extensão. O golfo está localizado entre o Oceano Atlântico e o Mar do Caribe, e suas águas banham as costas de cinco estados mexicanos (Tamaulipas, Veracruz, Tabasco, Campeche e Yucatán), de cinco estados dos Estados Unidos (Flórida, Alabama, Mississippi, Louisiana e Texas) e de duas províncias de Cuba (Pinar del Río e Artemisa). A área é um dos maiores centros de produção de petróleo offshore do mundo, sendo responsável por uma parte significativa da produção de petróleo e gás natural nos Estados Unidos. Além de sua importância econômica, o Golfo do México tem uma relevância estratégica, pois é uma região compartilhada por três países, com fronteiras marítimas bem delimitadas por acordos internacionais. A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar e a Organização Hidrográfica Internacional desempenham um papel crucial na definição das fronteiras entre os Estados Unidos, o México e Cuba, o que torna a questão da renomeação ainda mais complexa. O nome “Golfo do México” foi utilizado pela primeira vez em mapas europeus no século 16, com registros de cartógrafos como Baptiste Boazio, que participou das expedições de Francis Drake. O nome foi consolidado ao longo dos séculos, substituindo outras denominações, como “Golfo da Nova Espanha”, utilizado durante o período colonial. A escolha do nome reflete a história da região, que esteve sob domínio espanhol e depois foi compartilhada entre os territórios que hoje pertencem ao México e aos Estados Unidos. Embora o nome tenha se consolidado no uso internacional ao longo de mais de 400 anos, a proposta de renomeação traz à tona questões de soberania e identidade. A alteração do nome do Golfo do México, se fosse levada adiante, envolveria uma série de desafios legais e diplomáticos. A mudança necessitaria da aprovação de vários organismos internacionais, incluindo a Organização Hidrográfica Internacional e a Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar. Além disso, a mudança afetaria documentos legais, como mapas e cartas náuticas, que teriam que ser revisados por todos os países envolvidos. Embora os Estados Unidos possuam mecanismos legais para modificar nomes geográficos dentro de seu território, como o Conselho para Nomes Geográficos (BGN), a mudança do nome de um corpo d’água internacional exigiria o consentimento dos outros países que compartilham suas águas. O México já se posicionou contra a mudança, e a presidente Sheinbaum sugeriu, de forma irônica, que talvez os Estados Unidos devessem ser renomeados como “América Mexicana”, fazendo referência à história da América Latina e à unidade territorial da região no século 17. A mudança do nome do Golfo do México teria implicações além do aspecto geográfico, podendo afetar as relações diplomáticas entre os Estados Unidos e o México. A proposta de Trump gerou críticas no México, e o governo mexicano, através de seu secretário de Economia, Marcelo Ebrard, reiterou que o nome do golfo continuará a ser “Golfo do México” e que o país não se envolveria em discussões sobre o tema, priorizando o fortalecimento das relações bilaterais entre os dois países. Além disso, a mudança unilateral do nome poderia complicar o relacionamento com Cuba, que também compartilha a região. Embora Trump tenha o poder de determinar mudanças de nome geográficas nos Estados Unidos, como já ocorreu em casos anteriores, como a mudança do Monte McKinley para Monte Denali, isso não garante que o novo nome seria reconhecido internacionalmente. No caso do Golfo do México, qualquer alteração dependeria de um consenso internacional que envolvesse não apenas os Estados Unidos, mas também o México e Cuba, além de organismos internacionais. O nome “Golfo do México” tem uma longa tradição de reconhecimento mundial, e sua alteração unilateral, sem o acordo das partes envolvidas, poderia enfrentar resistência tanto dos governos quanto da comunidade internacional. Leia mais Google Maps renomeará Golfo do México para “Golfo da América” nos EUA;.(Fonte Jornal Opção Noticias GO Internacional)

 


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