Empresários e trabalhadores se únem na luta para manter os incentivos fiscais
Federações e associações de classe do setor produtivo e da classe laboral adotam discurso único contra possíveis cortes no benefício No último dia 07/10, representantes da classe empresarial e dos trabalhadores reuniram-se em Anápolis para uma nova etapa do Movimento em Defesa do Desenvolvimento e dos Empregos em Goiás, que congrega mais de 20 entidades. O encontro aconteceu no auditório do SENAI, no Bairro Jundiaí. O movimento, de acordo com o empresário e presidente da Associação Pró-Desenvolvimento do Estado de Goiás (ADIAL Goiás), Otávio Lage de Siqueira Filho, surgiu a partir de uma pesquisa que a entidade fez para verificar os impactos dos incentivos fiscais na economia goiana e a percepção da população em relação a esta questão. “Quisemos aprofundar isso e partimos para o seminário, que já foi realizado em Rio Verde, agora em Anápolis e terá etapas em Itumbiara, Catalão e Goianésia”, informou. VOCÊ PODE GOSTAR Sudeco garante apoio a projetos estratégicos de Anápolis Caixa libera saque de FGTS para não correntistas Anápolis terá teto máximo do ICMS Ecológico Otavinho Filho destacou que um dos principais eixos de debates é a questão da política de incentivos fiscais, um dos motores para a geração de desenvolvimento e de emprego e renda para a população. Ele criticou a criação da CPI dos Incentivos Fiscais pela Assembleia Legislativa, considerando que as empresas que usufruem dos incentivos têm de trabalhar dentro da lei, sendo que os próprios programas de incentivos fiscais possuem mecanismos de retirar o benefício em caso de irregularidades. “Está havendo uma exploração política e o Estado aproveita desse momento para fazer as mudanças que pretende fazer (na concessão dos incentivos fiscais)”, pontuou o dirigente da ADIAL. O Presidente da FIEG Regional Anápolis, Wilson de Oliveira, acrescentou que o movimento “não é contra ninguém”, mas busca a proatividade do empresariado no desenvolvimento econômico e na geração de empregos. Ele lembrou que a indústria automobilística e o polo farmacêutico se consolidaram em Anápolis por conta dos incentivos. Na mesma linha, o Prefeito Roberto Naves observou que as empresas vêm para Goiás por causa dos incentivos. Não fosse isso, elas poderiam fazer opções por outros estados, porque aqui têm custo para fazer chegar a matéria-prima e para a logística de distribuição dos produtos acabados. O seminário do Movimento em Defesa do Desenvolvimento e dos Empregos em Goiás teve como dinâmica a realização de três palestras: a primeira foi proferida pelo assessor especial da Prefeitura de Anápolis, Sóstenes Arruda, que discorreu sobre as “janelas de oportunidades” que estão abertas para Anápolis.A segunda palestra foi ministrada pelo presidente executivo do Sindicato das Indústrias Farmacêuticas no Estado de Goiás, Marçal Henrique Soares. Ele abordou os desafios para os investidores em Goiás e, em sua explanação, citou os entreves burocráticos, os cortes nos incentivos fiscais e as alterações de regras que geram insegurança jurídica aos empreendedores. A terceira palestra foi ministrada pelo presidente do Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Metalúrgica de Anápolis (SindMetana), Reginaldo José de Faria, que falou sobre o mercado de trabalho. O sindicalista conclamou os empresários e trabalhadores a se unirem na batalha pela manutenção dos incentivos fiscais que, na sua visão, é uma política que assegura a geração de empregos no Estado.( Fonte Contexto)