China permaneceu na liderança das exportações e
importações brasileiras, com participação na casa dos 30%, aponta FGV.
A balança comercial brasileira registrou o maior saldo positivo da sua série
histórica, no valor de US$ 61,2 bilhões, em 2021. O
resultado corresponde a um acréscimo de US$ 10,8 bilhões em relação ao saldo de
2020, com aumento de 34,2% nas exportações e de 38,2% nas importações. De
acordo com o Icomex (Índice de Comércio Exterior), divulgado nesta sexta-feira
(14) pela FGV (Fundação Getulio Vargas), as exportações de commodities
(matérias-primas), com participação de 67,7% nas exportações totais, explicam o
desempenho desse fluxo de comércio. Em valor, as vendas de matérias-primas
aumentaram 37,3%, enquanto a exportações de não commodities cresceram 28,1%,
resultado do aumento dos preços em 12,4% e do volume em 13,5%. O recuo no
volume exportado das commodities foi pequeno, sendo mais do que compensado
pelas variações positivas nos preços das commodities e nos índices das não
commodities. O comércio exterior por tipo de indústria registrou um
aumento, em valor, de 62,7% nas exportações da indústria extrativa, explicado
pelo aumento de preços em 59,7% e de 1,3% no volume. Já a participação da
indústria nas exportações totais passou de 23% para 28%, entre 2020 e 2021. A segunda maior
variação em valor foi da indústria de transformação, de 26%, com participação
de 51% nas exportações totais brasileiras em 2021, uma queda de 4 pontos
percentuais em relação a 2020.
A agropecuária, com participação de 20% no total das
exportações brasileiras, registrou aumento de 23,6% em valor, 27,2% nos preços
e recuo de 1,8% no volume. A soja respondeu por 70% das vendas do setor e
cresceu 35,3%, em valor, seguido do café, com 10,5% de participação e aumento
de 16,7%. "O resultado do comportamento das vendas externas por
indústria é refletido na composição dos principais produtos exportados. Em
ordem decrescente, minério de ferro, soja e petróleo bruto explicaram 41% do
total das exportações brasileiras em 2021, sendo de 46% a participação dos dez
principais produtos", analisa a FGV.Parceiros A China permaneceu na
liderança das exportações e importações brasileiras. A sua participação nas
exportações caiu de 32,4% para 31,3%, entre 2020 e 2021, mas as exportações
aumentaram em 29,4%. O índice de preços aumentou em 38,8%, mas o volume recuou
em 6%.As importações para o principal parceiro comercial brasileiro cresceram,
em valor, 45,2%, com aumento de preços em 9,9% e de 22,5% no volume. A
participação nas importações foi de 23,4%. Apesar do maior aumento das
importações em relação às exportações, em valor, o superávit passou de US$ 33
bilhões para US$ 40,1 bilhões.Para os Estados Unidos, o segundo maior parceiro,
as exportações cresceram 45% e as importações 41,3%, em valor. No caso das
exportações, a variação nos preços foi de 24,4% e no volume de 20,4%. O déficit
comercial aumentou de US$ 6,4 bilhões para US$ 8,3 bilhões. Para a Argentina, o
superávit de US$ 591 milhões de 2020 passou para um déficit de US$ 69,9
milhões. As exportações cresceram 39% e as importações, 57,7%. O volume
exportado aumentou 23% e o importado, 34,6%.A Ásia confirma a sua liderança
puxada pela China no comércio exterior brasileiro. A participação da região,
sem a China, nas exportações do país foi de 15,1%, maior do que a da União
Europeia, de 13%. Nas importações, a participação foi de 12,2%, menor do que a
da União Europeia, de 17,4%.( Fonte R 7 Noticias Brasil)